Criar um Site Grátis Fantástico
Translate this Page





História de Motivação
História de Motivação

1º colocado no concurso de Auditor da Receita Federal


Aos 30 anos, Demétrio de Macedo Pepice, é agente fiscal de rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, cargo que oferece salário inicial de R$ 12 mil. Segundo colocado no concurso realizado em 2006, Demétrio garante que se preparou por três anos. Na ocasião, recém-formado em engenharia mecânica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), ele considerou o salário da carreira pública muito melhor do que ganharia na área em que se formou.

Com pai agente fiscal de rendas e mãe auditora da Receita Federal, conhecia bem a carreira pública e decidiu apostar nos estudos. A preparação para passar em seu primeiro concurso, para inspetor da Comissão de Valores Mobiliários, foi de nove meses. "Eu fazia cursinh de manhã e estudava sozinho o resto do dia. Depois de um tempo, somente fazia matérias específicas e passava dois terços do meu tempo estudando individualmente".

Foi o primeiro colocado no concurso da CVM e também passou no concurso para técnico da Receita Federal, cargo atualment denominado de analista. Escolheu a CVM, mas não desistiu de buscar seu objetivo, que era ser auditor fiscal da Receita Federal. Por isso, durante dois anos estudou de duas a três horas à noite e durante os finais de semana. No final de 2005, veio a recompensa: Demétrio foi o primeiro colocado no concurso para a Receita Federal.

Quando se preparava para assumir o cargo foi publicado o edital do concurso para agente fiscal de rendas da Secretaria da Fazenda de São Paulo. Como, na época as condições e rendimentos eram melhores, resolveu concorrer. Passou na segunda colocação. Como resultado, trabalhou um mês como auditor e assumiu o posto de fiscal do ICMS. Atualmente, trabalha na área de informática.

"Concurso é uma coisa de longo prazo. A pessoa precisa se preparar para deixar muita coisa da vida de lado. O resultado vai vir com o tempo. É preciso possuir muita perseverança", observa. Para ele, o segredo de um bom desempenho é ter em mente que está estudando para um teste. É preciso aprender os princípios teóricos básicos e depois focalizar em exercícios. "Em mais da metade do tempo resolvia exercícios de provas antigas", lembra.

Hoje, Demétrio aproveita as noites e finais de semana livres para descansar e se divertir. "Saindo do trabalho, não tenho com o que me preocupar. Em casa posso fazer outras coisas. Tenho uma qualidade de vida que muitos amigos que trabalham em empresas privadas não possuem", destaca.


História de Elaine Araujo Almeida Santos


VENCENDO OBSTÁCULOS ! SUPERANDO DESAFIOS!

Resolvi compartilhar com todos vocês a minha história de sucesso ,pois não foi fácil chegar aonde cheguei mas consegui. 

Sabemos que o desemprego é um câncer social que afeta boa parte da população mundial e alcançar um lugar ao sol não é fácil. É preciso qualificação profissional ,esforço e coragem.

Aos meus 19 anos ,eu tinha o desejo de ter um bom emprego e cursar uma boa universidade. Mas como conquistar o meu sonho? sendo uma jovem de familia simples e sem muitas condições de investir nos estudos.

Decidi estudar por conta própria ! procurava emprego o dia todo. Saia ás 4hs da manhã com meu pão dentro da bolsa e com a marmitinha feita pela minha mãe para almoçar escondido no banheiro do Shopping rsrs e assim ter força para retomar a minha busca por emprego. Quando chegava em casa á noite sem muitos resultados de emprego , eu ia descansar? descansar que nada! eu ia para os livros ,estudar! estudar ! estudar até passar em um concurso público.

Fiquei nessa busca por 2 anos! até que descobri q estava grávida do meu namorado! Meu Deus ! o  meu mundo caiu. Mas decidi ter meu filho, o aborto nunca é a saída! tive uma gravidez de risco ,com direito a eclampsia ,diabetes gestacional e crises convulsivas no parto. Mas sobrevivi e meu filho nasceu lindo e cheio de saúde.

Eu ainda tinha o fantasma do desemprego pela frente! e agora? com filho tudo ficaria mais dificil! não desisti do meu sonho!  Com duas semanas que tive meu filho , resolvi estudar . Ainda me sentia fraca do parto cesáreo mas fui em busca do meu sonho.

Meu namorido ( marido e namorado) rs saia para trabalhar e eu ficava em casa cuidando do bebê e da casa. Acordava cedo , fazia comida, lavava roupa , cozinhava e nos intervalos de uma amamentação e outra eu estudava. Colocava meu bebê para durmir , fazia ele arrotar dinheiritinho , trocava a fralda e colocava  na posição certinha para  ele não regurgitar o leite e aspirar. Missão mamãe cumprida! 

Com a missão mamãe feita eu ia para a missão concurseira de plantão! até que passei em dois concursos públicos e no vestibular da maior Universidade do Norte Nordeste do Brasil ( UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- Uneb para o curso de Ciências Contábeis. Nossa! que felicidade!

Meus pai nem acreditou que eu tinha passado mas pulou de felicidade ao saber que a filha dele tinha conquistado seu lugar ao sol. Passei nos concursos e no vestibular ao mesmo tempo ! a felicidade veio dobrada!

Passei por muitas barreiras mas conquistei meu ideal! não foi fácil! estudar sozinha em casa, com filho , marido e sendo pobre. Mas venci e e hoje sou funcionária pública e estou me formando na  Universidade Pública e reconhecida por formar bons profissinais .

Querer é poder! Dedico minhas vitórias a Deus e a minha mãe ,companheira e amiga!

HOJE MEU FILHO PODE SE ORGULHAR DA MÃE DELE!


História de Eliana Junqueira


Eu vi alguns depoimentos neste site e vi histórias lindas!!! 

A minha história também é/foi bonita. Resumidamente eu posso dizer que já estive em condições precárias de dinheiro. Fazia faculdade e mal tinha dinheiro para roupas, shampoo, etc...Passear então!! nem pensar. Fiz uma década de pós-graduação com dificuldades em graus distintos. 

Eu fiquei o ano de 2009 tentando passar em concurso público, gastei muito dinheiro e repeti em muitas provas até finalmente conseguir minha aprovação em um concurso público Federal. 

O segredo? Muita Fé e perseverança. 

A Fé em Deus e na crença que o melhor nos será preparado e que passaremos no melhor concurso para nós. Incrível como eu passei no melhor de todos os quais eu tinha feito!!! 

Perseverança para levantar logo depois de uma "derrota" e continuar seguindo e mirando a vitória. 

Airton Senna já dizia que se tivermos Fé, amor e perseverança, nós conseguiremos chegar lá, independentemente de nossa posição social. Eu acrescento que dentre estes três, o principal é a Fé!

Eliana Junqueira


História de Fladamari


Me chamo Fladamari - São Luis(MA), tenho 36 anos e 2 filhas, uma de 10 e a outra de 5 anos..e uma historia de vida interessante e  incentivadora... fui casada durante 12 anos, quando estava com 5 anos de casada minha filha adoeceu (alergia alimentar) e eu tive que largar tudo: emprego, estudo e passamos a viver do salario de motorista do meu ex-marido.

As dificuldades foram aparecendo, lembro que passei 4 anos com o mesmo sutian e um par de sapato, para onde eu ia sempre com os mesmos sapatos, muita das vezes ficava com vergonha ( eu sempre pensava comigo eu tenho que mudar essa situação). 

Passando o tempo eu engravidei da minha segunda filha, aí tudo piorou, o que meu ex-marido ganhava dava mal para gente comer e pagar as contas, imagina com uma segunda criança, e bateu um desespero, pedi tanto a Deus que me ajudasse superar a situação (nunca perdi minha fé) um amigo meu bem proximo de mim passou no concurso, pensei comigo, ele conseguiu, eu tambem posso conseguir. 

Então decidi a estudar em casa durante toda minha gravidez, quando saiu o Edital do TJ -MA (2005) tinha 150 vagas, minha filha nasceu em janeiro de 2005 e a primeira etapa ocorreu em abril de 2005, lembro que pedi dinheiro da inscrição para minha mãe e sempre estudando nos horarios que as minhas  filhas estavam dormindo (meus horarios de estudo era  a noite: das 21:00 as 11:00, levantava as 04:00 e começava a estudar até as 07:00 (pois era o horario que as crianças estavam acordando) sentia muito cansaço, pois tinha que cuidar da casa e cuidar  de 2 crianças, sendo que uma delas era uma recem-nascida (cuidado redobrado) perdi muito peso, na época cheguei a pesar 45 quilos (tenho 1,65).

No dia da prova minha filha só mamava ainda, pedi a uma amiga que tambem estava amamentando para ficar com minha filha, a prova objetiva começou as 08:00, eu acabei as 10:00, das 50 questoes eu fiz 44, passei na primeira etapa, quase que eu não acreditei, pulei tanto de alegria, muita gente principalmente meu ex-marido dizia que eu não ia  passar porque a 2ª etapa era a mais dificil e o concurso era só enrolação, pois euinão liguei, a vontade de vencer era maior.

Chegou a 2ª etapa julho de 2005, prova escrita e redação, achei a prova um pouco trabalhosa, quando saiu o resultado em setembro de 2005, meu nome estava lá passei na 82ª posição dentro das vagas, chorei muito de alegria. 

Em dezembro de 2005 saiu minha nomeação, foi outro choro mas agora de felicidade, não esperava que fossem me chamar tão depressa, assumi em fevereiro de 2006 e hoje graças a Deus tudo mudou para melhor, comprei meu carro, faço Direito numa faculdade particular... Bem ,quanto ao meu casamento chegou ao fim (pois no mes que saiu minha nomeação meu ex-marido me agrediu), nunca recebi um parabéns da parte dele ou uma palavra de incentivo, uma pessoa que não quer te ver crescer, progredir na vida, realmente não pode pemanecer do seu lado, por outro lado agradeço a Deus por tudo, principalmente pela  familia maravilhosa, pai ,mãe, irmãos, filhas que sempre me apoiaram e me amam de verdade e meu namorado que me trata dignamente.

O que eu tirei de lição: basta você acreditar, ter determinação, força de vontade, por mais que o mundo esteje desabando sobre sua cabeça, por mais que você pense que não existe luz no fim do tunel, o mais importante: "não perca as esperanças e faça sua parte" uma hora  essa luz no fim do tunel  vai aparecer, essa é minha historia, agradeço a paciencia de todos.

Ass.: Fladamari


História de Murilo A. Sampaio e Silva


Meu nome é Murilo, sou de Campinas/SP. Resolvi escrever, pois quero contar uma história, um trecho de minha vida.

Desde meu ingresso na faculdade de economia, eu tinha um sonho: ser servidor público e, com zelo e eficiência, exercer atividade profissional de relevância para a sociedade.

Durante a graduação, fui aprovado no concurso para Técnico Bancário da Caixa Econômica Federal (CAIXA). Assumi com prazer, exerci cargo comissionado e, apesar de ter sido feliz lá, decidi começar "alçar voos mais altos".

Estudei em alguns cursos preparatórios. Com pouco material e com muita dificuldade, eu visava à transformação de meu sonho em meu objetivo.

Tal como a esmagadora maioria dos concursandos,  fui reprovado em algumas ocasiões,  mas há um fato marcante...

... No segundo semestre de 2006, trabalhando oito diárias na CAIXA, preparei-me com muito afinco para o concurso de Auditor Fiscal de Tributos Municipais (AFTM/SP), realizado em janeiro/2007.

Muito confiante, sai das provas e aguardei o resultado. Conversando com os colegas de curso acerca de meu desempenho, eu estava convicto de que obteria aprovação e classificação...

Contudo, não foi o que ocorreu... Fui aprovado, mas, fora do número de vagas, não fui convocado... Quase, quase....    

Extremamente abatido, com um “gosto amargo na boca”, abandonei o estudo para concursos nos anos de 2007 e 2008. Fui fazer pós-graduação em Finanças e Controladoria, ocasião na qual conheci Sandra, minha atual esposa e natural do Rio Grande do Sul.

Gostei muito de ter me especializado em finanças, mas sabia que havia fugido à luta, sucumbido diante de um resultado aquém do esperado... Era como se percorresse o caminho inverso: meu objetivo, ao ficar mais distante, estava se tornando apenas um sonho remoto...

No início de 2009, a situação começou a ser modificada. Em meio a muitas atividades que tomam tempo (conclusão da pós-graduação, trabalho diário na CAIXA e preparativos de nosso casamento), com participação efetiva de Sandra, começamos a estudar juntos para concursos públicos. Para mim era o recomeço; para ela, o começo.    

Nosso foco era o concurso para Agente Fiscal de Rendas (AFR/SP), mas fiz, nesta nova etapa, cinco concursos: fui reprovado em 1; aprovado, mas não classificado em 2; aprovado e convocado para assumir em outros dois 2.

Saliento que no concurso para AFR/SP fui aprovado, mas não me classifiquei. Entretanto, tenho certeza de que amadureci com isto.

Passado um pequeníssimo período de chateação, voltamos à carga e, sem que estivéssemos esperando, verificamos que o edital para o concurso de Agente Fiscal do Tesouro do Estado (AFTE/RS) havia sido publicado.

Diante deste fato relevante, reavaliamos nosso método de estudo e empreendemos um grande esforço...

Acordávamos diariamente por volta das 05:00 e estudávamos até o horário de seguir para o trabalho. Ao final do dia, voltávamos para casa e retomávamos os estudos até o momento de ir dormir.

Nesta nova empreitada, contamos com um grande aliado: "A Internet". Com custo baixíssimo, obtivemos acesso a aulas de grande qualidade, as quais, juntamente com outros materiais, ajudaram demais na realização de meu sonho.

Hoje, favorecido pelas circunstâncias e sob vigilante olhar de Deus, finalmente logrei êxito e sou, com muito orgulho, um dos mais novos AFTE/RS. Revendo esta trajetória é impossível não ficar emocionado.

Creio que se trata de apenas mais uma história de vida. Porém, permite extrair quatro importantes lições: humildade é fundamental em todos os momentos; crença, fé, otimismo e entusiasmo são ingredientes essenciais em tudo o fazemos na vida; apoio familiar é elemento fortalecedor; método de estudo e material adequados representam condições sine qua non.

A partir do momento em que estes requisitos estão presentes, a caminhada se torna muito mais fácil e as possibilidades de êxito, sem sombra de dúvida, multiplicam-se.

Evidentemente, o diário oficial somente pode conter o nome do candidato convocado a assumir. Este aspecto legal esconde muitas pessoas, com forte atuação “nos bastidores”.

Neste particular, por meio desta mensagem, agradeço a todos os integrantes responsáveis pelos materiais que utilizei, pois forneceram auxílio de inestimável valor.

Por oportuno, sou muito grato a meus pais, Rubens e Elida, por sempre terem acreditado na concretização deste sonho e, claro, por me darem todas as condições materiais e morais para viver com muita dignidade.

A vivência amorosa com minha esposa significou um ponto de inflexão: saindo da descrença com os concursos; dirigi-me, em velocidade de cruzeiro, àquilo que denomino “otimismo equilibrado”, isto é, sem “tirar os pés do chão”. Não tenho palavras para expressar o quão importante ela foi e tenho certeza de que, em breve, será ela a escrever sua história.

Feitos estes esclarecimentos, tenho intenção de retribuir, em alguma medida, a todos.  Mas, creio eu, este é um tema para tratativas posteriores.

Para finalizar, reflito sobre o segundo parágrafo deste texto... Ciente das responsabilidades inerentes ao cargo, eu me sinto preparado para contribuir (sem demagogia e presunção), com a construção de uma sociedade um pouquinho melhor. Ainda que isto se restrinja a uma localidade do país.

Um grande abraço,

Murilo Alves Sampaio e Silva


História de Rosangela Silva Santana


Meu nome é Rosangela e tenho 4 filhos. Me formei no magistério em 1994, mas na ocasião não consegui aula e na minha família, todos eram leigos na educação; portanto fui trabalhar em outros serviços e as pessoas diziam que concurso era roubalheira.

No 1º não passei, em 99 não prestei, mas em 2001 conheci uma pessoa chamada Raquel que me incentivou a fazer o concurso para prof. fundamental 1, não tinha nem o dinheiro da inscrição e um colega pagou, estudei em casa e graças a Deus passei, mas demorei muito a ser chamada.
 
Enquanto isso fiquei desempregada, passei fome com meus filhos, mas o que me mantinha de pé era essa esperança, mas o tempo foi passando e as dificuldades só aumentando. Os anos de 2002 até o começo de 2005 foram os piores da minha vida. Tinha dia que não tinha um grão de arroz em casa, mas tinha muita fé em Deus e esperança, mas com o passar do tempo tive até medo do concurso caducar. 

Em 2004 passei também no concurso de professor de educação infantil, mas nada de ser chamada. Quando eu falava que tinha passado em 2 concursos sentia que as pessoas desacreditavam de mim, mas sempre com esperança e sempre dizia aos meus filhos que um dia nós íamos vencer dignamente, mas em 2005 meu dia chegou e foi uma história de Deus porque sempre ouvia o Padre Marcelo e um dia ele disse que Deus ia fazer uma obra na vida de uma mulher e nesse dia eu senti que era pra mim, nesse mesmo dia recebi a resposta de um processo e passei a receber um sálario minimo e depois de 2 meses exatamente fui chamada para o concurso de PDI o segundo que eu havia realizado, eu fiquei muito feliz não tinha palavras para explicar aquele momento, mas ainda assim tive mais uma provação: no exame médico, o médico disse que provavelmente eu tinha um problema nas cordas vocais e teria de fazer 8 sessões de fonoaudiologia. O mundo desmoronou na minha cabeça mas confiei em Deus e depois de 1 mês e 10 dias eu finalmente tomei posse do meu cargo no dia 05 de julho de 2005 e 6 meses após eu tomei posse do meu outro cargo da emef no CEU que eu sempre sonhei em trabalhar, no CEU TRÊS LAGOS, nessa epóca eu só tinha o magistério, e então ganhei a faculdade da prefeitura. 

Eu só tenho a agradecer a Deus; e a mensagem que deixo as pessoas é que nunca desistam, e não se deixem levar por pessoas negativas. Financeiramente minha vida melhorou muito, tenho um sálario bom e trabalho realmente no que gosto, na educação. 

Espero que essa história de vida sirva de incentivo para outras pessoas. E muito triste mas não posso deixar de contar que após um ano de trabalho perdi meu filho mais velho assassinado, enfim essa dor eu carrego até hoje, mas não tenho como falar da minha vida sem tocar nesse assunto, mas continuo trabalhando e agradeço a Deus todos os dias pois se não tivesse o trabalho que tenho, cairia em depressão, nesse momento estou me preparando para o concurso de coordenador pedagógico. 

Eu me considero uma vencedora, pois lutei contra todas as adversidades e graças a Deus eu venci. 

Rosangela Silva Santana


História de Sabrina Soares


Sou mãe solteira e tenho 4 filhos. Terminei meu segundo grau quando fiz meu segundo concurso publico em 2006, porem fui até o curso de formação em 2008, quando desisti.

Primeiro prestei o concurso para o Polícia Militar do Espírito Santo e reprovei, depois prestei o concurso da Secretaria de Justiça (SEJUS/ES) e passei. E hoje fiz mais dois concursos publicos para provar que sou capaz e fui até a 2º etapa (prova fisíca) e passei também. Por último prestei o concurso da Prefeitura de Vitoria para Auxiliar/dengue. E agora aguardo ansiosa pelo próximo concurso dos correios.

Sabe o que me fez passar? O meu esforço, minha vontade e minha persistencia, pois na primeira barreira que surgiu eu não desisti, fiquei desapontada, mas não desisti.

Temos que tentar "a pior tentativa é aquela que não foi feita". Tente sempre! Não pode ficar pior do que está.

Esta é minha filosofia...

Obrigada

Sabrina Soares
Vitoria, ES.


História de Sucesso da Fernanda


Meu nome é Fernanda, sou casada e me formei em magistério em 1997 , minha formatura foi num sábado e  na segunda-feira eu fichei numa empresa multi-nacional. Estava tudo maravilhoso. tinha um bom salário, o horário era muito bom, o ambiente da empresa também era sadio, enfim, tudo perfeito. Devido a isso me acomodei e nunca mais estudei, mal lia livros e me estagnei totalmente.

Mas com o passar do tempo, trabalhei nesta empresa por 14 anos, tudo piorou. Havia dias em cheguei a trabalhar por 20 horas sem jantar nem almoçar, minha carga horária foi ficando desumana. Eu fui ficando cada vez mais insatisfeita por tudo, e para piorar a situação, era perseguida e humilhada pelo chefe. Quando foi em Outubro de 2010 fiquei sabendo do concurso da Prefeitura para área de magistério, nessa mesma época tive a notícia de que meu setor seria extinto. Isso me serviu de estímulo. 

Fiz a inscrição para o concurso e comecei a estudar em casa. Continuei trabalhando e não tive tempo de procurar um cursinho. Estudava na empresa na hora do intervalo, um dia peguei um livro sobre concordância e regência , e comecei a chorar . Simplesmente eu não entendia absolutamente nada sobre o assunto, mas não me abati, comecei a ver aulas gratuitas pela internet e a pesquisar em sites. 

Ficava horas e horas estudando sozinha, meio perdida e com uma vontade muito grande de passar. Gravava regras de protuguês e conhecimentos especificos num mp4 e onde ia eu ficava ouvindo, até para dormir eu colocava o fone no ouvido e ficava ouvindo até dormir.

Estudei do dia 20 de Outubro a 21 de Janeiro, a prova foi 22 de janeiro de 2011. Fiquei muito nervosa, pois foi meu primeiro concurso. Eu sabia que era a minha grande chance. Resultado: acertei 70 % da prova e não fiquei entre os primeiros. Mas não desisti, na 1ª chamada eles chamaram 17 pessoas a mais e eu fui convocada na 2ª chamada. 

Fui nomeada dia 20/06/2011. Sou professora de educação infantil e dou aula para o maternal. Hoje trabalho 24 horas por semana. ESTOU MUITO FELIZ!!! 

Minha dica é : Não desista, e aproveite ao máximo cada segundo do seu dia para estudar, pois cada minuto vale ouro e pode fazer fazer a diferença no resultado final.

Fernanda


História de Sucesso de Glauber Moreira Rocha


1º Colocado para Analista de Negócios – SERPRO;
3º Colocado para Auditor de Controle Interno – SEFAZ-DF;
8º Colocado para Perito de Informática-MPU;
25º Colocado para Analista de Sistemas (Temporário) - Ministério da Saúde;
24º Colocado para Analista Administrativo - Informática - ANAC (onde estou, atualmente).
19º Colocado para Analista de Sistemas - ANTAQ

Prezados colegas, gostaria de compartilhar alguns pontos interessantes que me ajudaram nessa batalha dos concursos. Em primeiro lugar recomendo fazer as matérias básicas, uma de cada vez, em cursos específicos para focar bem o conteúdo. Assim, não será necessário refazer a matéria para cada concurso. Outro ponto que me ajudou foi o fato de sempre estar atualizado com o conteúdo da parte específica, sempre li bastante desde a faculdade tendo noção das ferramentas de diversas áreas. Além disso, aconselho que aproveitem o tempo ao máximo para entender as matérias que tenham maior dificuldade investindo em bons livros e bons cursos.

Nesse percurso o maior desafio foi ter que se erguer rapidamente após as primeiras provas em que não consegui o meu objetivo, é nessa hora que entra a perseverança. Comecei no meio de 2008 a estudar para concursos e 4 meses depois fui aprovado em 1º lugar para o SERPRO e 25º para o Ministério da Saúde recebendo minhas primeiras nomeações. Continuei estudando e consegui os seguintes resultados: 18º para a ANTAQ, 24º para a ANAC e 3º para Auditor de Controle Interno da Secretaria da Fazenda completando um ano de estudo. Além disso, consegui recentemente um 8º lugar para Perito de Informática no MPU.

Hoje trabalho na ANAC onde contou a estrutura e a carreira para eu decidir trabalhar lá e sair do cargo de Auditor de Controle Interno. Estou muito satisfeito com a ANAC e não penso em fazer outros concursos por enquanto. 

Acho importante realizar provas anteriores da banca para entender a forma de correção dessas. Assim, várias partes como Português e Redação, que aparentam subjetivas, se mostram lógicas. Desse modo, essas matérias terão uma "receita de bolo" para fazê-las. Isso acontece porque a prova tem que ser corrigida de forma que surjam pouquíssimos recursos de reconsideração contra a banca. Aprendi técnicas de resolução de exercícios que foram o divisor de águas no meu desempenho. Portanto, é muito importante aprender como fazer cada prova, geralmente a forma se repete para cada banca examinadora.

Outro fator interessante é que, humanamente, não lembraremos de conteúdos que estudarmos há dois meses atrás, no início de cursinhos por exemplo. Portanto é muito importante utilizar técnicas de revisão para ter maior desempenho.

Além disso, foi essencial saber como fazer a prova para ganhar agilidade e controle. Até o modo de marcar o cartão-resposta influencia no tempo e na pontuação. Descobri que a estratégia de realização da prova discursiva pode disponibilizar muito tempo para ganhar pontos na parte objetiva.

Boa Sorte a todos!

Glauber Moreira Rocha
Engenheiro de Computação, Analista Administrativo - TI da ANAC.


Mais Casos de Sucesso


William Douglas é Juiz Federal, Professor, Escritor, Palestrante, um dos maiores especialistas em concursos públicos do país e colabora com o Tudo Sobre Concursos enviando artigos de motivação e dicas sobre concursos públicos.
Você que está lendo esta coluna hoje e ainda não passou, saiba que se quiser, se continuar, se corrigir o que é preciso ser corrigido... e se persistir seu “caso de sucesso” poderá estar aqui dentro de algum tempo. Quanto tempo? Não sei, aliás, ninguém sabe, senão Deus. O que sabemos é que passar em concursos é um processo de crescimento, aprendizado e amadurecimento. Quem continua na “fila” um dia passa pelo grande “portal” que é a aprovação, nomeação e posse. 

Quando você passa, a primeira coisa que pensa é “Caramba, foi mais fácil do que eu pensei!”. Sim, isso é comprovado em minhas pesquisas com mais de 750.000 concurseiros para os quais já falei. Além disso, que é um fenômeno bem peculiar, a vida muda, você passa a ter uma série de prerrogativas, estabilidade, boa remuneração, status, muitas coisas boas, entre as quais a oportunidade de servir ao próximo e tornar esse país mais justo e decente. Estamos perto do Natal, e acho que você merece se dar esse presente. Um presente para você, mas que beneficiará todas as pessoas ao seu redor. Vá à “loja” e “compre” para você um cargo. Como “comprar” um cargo? Bem, utilizando a moeda que se exige para esse “negócio”: estudo, treino e dedicação. 

Se este Natal e Ano Novo ainda vai ser sem seu cargo... tudo bem, acontece. Vamos começar a nos preparar para que no próximo Natal você esteja com seu “presente” ou, pelo menos, bem mais perto dele. Quando falamos em concurso, se você aprender a crer, se organizar, estudar e treinar, é uma esperança bem fundada, uma expectativa justa e lastreada pela observação do que, de fato, acontece no mundo: todos os que fizerem o que precisa ser feito estarão trabalhando no serviço público mais cedo ou mais tarde. 

Há centenas de milhares de pessoas que já passaram pelo mesmo caminho onde você está. Há horas em que se cansa, em que nos indagamos se vale a pena, se vai dar certo. A resposta certa: Sim, vale a pena; sim, vai dar certo. Apenas continue pilotando o navio, ok? E, para se lembrar disso, e se inspirar, aqui vão mais alguns fragmentos de casos enviados para mim por gente como a gente. 

Grande professor, amigo, conselheiro... Muitas foram as vezes em que eu “conversava” contigo, através de teus livros, e ficava me perguntando se realmente era concreta essa “história” de concurso público, se efetivamente funcionava. Aos poucos, porém, fui ganhando experiência, caindo e aprendendo (adoro aquela frase segundo a qual “no concurso, como tudo na vida, é preciso cair e apanhar, para depois se começar a bater!”), e percebi que funcionava sim, para minha enorme alegria e felicidade. Comecei cedo, é verdade,, com 17 anos, fazendo a inscrição no concurso do INSS. E hoje, passados 4 anos, inicio meu caminho no serviço público, mais precisamente no Poder Judiciário Estadual, pois, depois de 08 concursos, nos quais fui reprovado ou até mesmo aprovado, mas não convocado, chegou minha hora. Fiquei na fila, , aprendi com os erros, chorei com o cansaço, mas a persistência, tuas palavras e, principalmente, a certeza de que algumas renúncias eram apenas temporárias, fizeram-me mais forte e não permitiram que me abalasse. Hoje tenho um salário muito bom em termos de Brasil, principalmente para quem tem apenas 21 anos. Também acredito na revolução e, absolutamente, transformarei meu metro quadrado (ou lutarei muito para tanto), com humildade e esperança, pois sou um eterno apaixonado pelo serviço público e pelo Direito. Adoro teus livros, mormente o “Carta aos Concursandos”. Tais livros, assim como outros de auto-ajuda que possuo, são responsáveis por fazerem verdadeira “blindagem psicológica”, fator que me auxiliou a alcançar esse degrau e ser nomeado neste “cargo-meio” no qual atualmente me encontro. Tenho em mente a certeza de que muito tenho a evoluir, como ser humano e como servidor, por maiores sejam as barreiras. Afinal, de nada adiantaria se todos os nossos objetivos fossem alcançados com facilidade e rapidez. Todas as conquistas seriam insossas e efêmeras. Um forte abraço, de quem sempre esteve do teu lado! 
(Leandro Ambros Gallon,é Técnico Judiciário Auxiliar) 

Há 2 anos atrás larguei a iniciativa privada para tentar ser servidor público. A vontade era maior que a realidade, mas fui em busca e consegui. Agora passei e terceiro lugar no Tribunal de Justiça da PB e estou muito satisfeito. Tenho seu livro, William, e li umas 4 vezes. Ele me ajudou muito, pois não visualizava a minha aprovação, que está sempre ao nosso alcance se tivermos fé em DEUS. Obrigado William, que DEUS ILUMINE TEUS CAMINHOS. 
(Robson Araújo, aprovado em 3° lugar para o Tribunal de Justiça da Paraíba) 

É isso aí. Se você tem um caso de sucesso seu ou de alguém ao seu redor, convido-o a mandar para mim, pelo email contato@williamdouglas.com.br autorizando a publicação, caso queira que seu caso seja publicado em um de meus artigos, como os acima. Se você ainda não tem, espero que esteja trabalhando para ter. Se você fizer isso, terá após algum tempo. Como dizem meus mantras “concurso não se faz para passar, mas até passar”, e “no concurso público a dor é temporária, o cargo é para sempre”. Ou, ainda, que “a diferença entre o sonho e a realidade é a quantidade certa de tempo e trabalho”. 

Essas pessoas aqui em cima pagaram seus “preços” de sonho, trabalho e tempo de dedicação e esforço e, por isso, estão realizadas hoje. Se você seguir o mesmo caminho, também vai passar. As técnicas de estudo, organização e realização de prova estão nos meus livros, e algumas registradas aqui neste site, ao longo dos artigos. No meu site existem mais técnicas e também um Informativo no qual você pode se cadastrar. Há outras pessoas que também falam sobre essas técnicas, amigos que seguiram a trilha que tive a honra de ser o primeiro a percorrer, há dez anos, quando lancei essa nova “disciplina”, essa nova “matéria” (Como passar em provas e concursos). Você pode “conversar” comigo nos meus livros, mas também com Lia Salgado, Carlos André, Alex Viegas, Alexandre e Deme, Waldir Santos, Elyesley Silva... 

Está tudo à sua disposição. Como digo no meu livro sobre superação pessoal, A Maratona da Vida, o fato é que: “todo o mundo está à sua disposição, escolha para onde quer ir”. Eu desejo a você, que escolheu o concurso, que continue até o fim. É uma belíssima carreira, vale a pena, é possível. Quando você passar (não disse “se passar”, disse “quando passar”, repare, pois as palavras que escrevo aqui foram bem escolhidas), teremos algumas outras conversas se me permitir. 

Mas, por ora, camarada, apenas quero lembrar que vale a pena, que é possível, que outros como você estão conseguindo e você também pode. Pode, quer e vai conseguir. 

Com abraço fraterno, de concurseiro e de “guru”, 

William Douglas 
 
 
 
Morador de rua passa em concurso público


Até que enfim, o primeiro emprego! Trabalho e sa-lá-rio. Já dá para procurar uma casa. E o que mais, Bira?

"Depois que pagar algumas coisas que estou devendo, pretendo comprar uma casinha, fazer uma faculdade", adianta o escriturário Ubirajara Gomes.

Quantos planos... Para ele, tudo é possível. Ubirajara mudou de vida. E como! Aos 27 anos, ele seria um fenômeno?

"Eu me sinto um cidadão", diz Bira. Cidadão. Mas só agora? Por quê? "Quando você está desempregado e não tem casa para morar, não é que você não seja gente, mas você não é tratado como gente. A própria sociedade nos exclui. Agora eles vão ter que me engolir", responde.

Pois é. Quem podia imaginar um morador de rua aprovado em um concurso nacional disputadíssimo? Bira passou no concurso do Banco do Brasil, entre 240 mil candidatos em todo o país. No dia da posse, ele foi destaque na nova turma de Pernambuco. Quem te viu, quem te vê.

"Para mim, eu nasci agora, com 27 anos de idade. Minha vida é de agora em diante", diz Bira.

"Tem gente que estuda anos a fio. Tem gente com diploma. O Ubirajara fez uma façanha. Ele foi o primeiro. Vamos ver se não ocorrem outras histórias de superação, de força de vontade", diz a coordenadora pedagógica para cursos Marcela Alves.

"A prova tinha 150 questões. Eu acertei 116", conta Bira. Resultado: ele foi classificado e está trabalhando em uma agência no Recife mesmo. Quem diria?

"Eu sempre tive fé. Sempre esperei que alguma coisa acontecesse, mas não tudo o que está acontecendo", diz Bira.

Foram 12 anos morando na rua. Mas ele ia para a biblioteca pública todos os dias. Ficava das 9h até as 17h30m.

"Eu ia estudar e ficava tomando cafezinho e água para passar a fome", lembra Bira, que calcula ter ficado cerca de 30 dias sem fazer uma refeição direito. "Passei muita fome. Eu tentava não pensar. Tomava muita água para não desidratar e café. Eu não gostava de pedir porque as pessoas não entendiam, pensavam que eu pedia porque não queria trabalhar. Mas eu não tinha trabalho".

Bira acredita que a perseverança favoreceu a guinada que deu na vida. "Eu era muito teimoso. Disse que seria funcionário público. Não pensava que passaria tão rápido em um concurso público de banco. Foi meu primeiro concurso".

Ele lavava roupa na praça e dormia lá também. "Eu gostava porque era um lugar calmo e seguro. O banco era a minha cama e o meu armário. Eu deixava minhas roupas e meus livros embaixo dele", aponta Bira, que hoje já pode alugar um quarto. Assim, vai juntando dinheiro do salário.

"Eu via a situação dele. Ele era muito magro. Às vezes, quando nos encontrávamos, eu sempre chamava ele para almoçar. Dava comida e um dinheirinho. Sempre que me via, ele ficava feliz porque sabia que comeria alguma coisa", lembra Carlos Eduardo Monteiro, amigo de Bira.

Quando passou no concurso do banco, ficou um tempo na casa do amigo Carlos Eduardo. Ele também fez concurso para o banco, mas não entrou.

"Estou feliz porque ele vai caminhar com as próprias pernas agora. Não vai mais precisar da ajuda de ninguém, não vai mais passar fome. Os sonhos dele agora vão ser planos, não vão ser mais só sonhos", diz Carlos Eduardo.

"Ele traz uma grande responsabilidade consigo. A vida que ele levou e esse conhecimento que ele traz na bagagem vão incentivar todo o funcionalismo", comenta o gerente-geral do Banco do Brasil de Pernambuco, Ubirajara Cavalero.

Ele é uma companhia agradável. A equipe do Globo Repórter seguiu os passos de Bira experimentando a vida nova.

"Andar de ônibus era luxo e diversão. Você se desliga um pouquinho do tempo, das coisas, dos problemas. A paisagem é o mais divertido. De ônibus, você viaja nos dois sentidos. Minha mudança de vida foi uma viagem tão rápida que eu ainda estou meio zonzo. Muitas vezes eu evitei andar muito porque não me alimentava direito. Então, tentava poupar energia", conta Bira. Em compensação, gastava todo tempo que podia lendo onde estivesse.

"Ele me chamava a atenção porque, apesar de ser um aluno de escola pública e não ter um lar, era uma pessoa que se dedicava ao estudo. Ele foi à luta sozinho e conseguiu vencer fazendo concurso do Banco do Brasil", conta o taxista Laelson Coelho.

"A lembrança que eu tenho dele é de um menino bom, que não bebia, não fumava. Eu tinha tanta pena dele. Só se via ele olhando aqueles livros. Não sei o que ele lia tanto ali", diz a comerciante Maria José da Silva.

"As pessoas criticavam, diziam para eu ir trabalhar, porque eu só sabia estudar e assim ia endoidar", conta Bira.

A equipe do Globo Repórter foi com Bira até a escola onde ele estudava para uma visita afetiva. Uma visita importante: foi a primeira vez que ele voltou à escola depois de ter passado no concurso do Banco do Brasil.

"É muita emoção", ressaltou. Põe emoção nisso. Bira estudou sete anos na escola. Ele ia toda noite. Não falava que morava na rua, nem que já tinha completado o ensino médio. Bira abriu o coração: "Estou com saudade da bagunça dos amigos, das professoras".

Ele voltou a estudar não só por convicção, foi também por necessidade. Ele disse que a escola garantia a única merenda do dia com que podia contar. Mas não deixou de fazer amigos. Por onde ele passa, risos, abraços, elogios.

"Ele sempre demonstrou ser um aluno muito educado e inteligente. Espero que ele continue com esse equilíbrio, essa tranqüilidade. Acho que ele vai longe!", diz a professora de história Séfora Freitas.

"O exemplo do Ubirajara não é só para os alunos, é para todo profissional. Em outra escola, citei o exemplo dele para alunos que tinham condição totalmente diferente da dele. Eu disse que eles têm tudo e ainda reclamam", conta a professora Elizama Rosa dos Santos.

"Estudem porque os concursos públicos estão cada vez mais concorridos. Eu fazia 20 questões de português, 20 de física, 10 de matemática. Eu misturava tudinho, fazia uma salada de frutas", conta Bira.

Lições de Bira: "Eu sempre gostei de ler, desde criança. Eu queria uma coisa melhor. E se eu queria uma coisa melhor, tinha que estudar. Você tem que brincar. Sempre fui sonhador. Então, acreditava nos meus sonhos. Não achava que seria longe demais para mim. Ainda não cheguei onde queria. Quero fazer uma faculdade, ter uma família, montar meu negócio. Quero um diploma de administração, ciências contábeis ou economia. Qualquer coisa nessa área está bom para mim. Gostaria de transmitir que nada está perdido. Lute pelo que você acredita que um dia você chega lá. Demora, mas chega".

E chegou a hora para Bira: aprovado, aclamado, primeiro emprego.

"O crachá não pesa. Ao contrário, tenho muito orgulho de usá-lo", comemora Bira.

 

Passei em 7 concursos públicos!


Passei em 7 concursos públicos,  Em cinco deles fiquei em primeiro lugar. Hoje sou conhecido como o guru dos concursandos. Conheça as minhas dicas para conseguir a sua vaga! 

O DONO DA HISTÓRIA: William Douglas, juiz federal, 39 anos, Niterói, RJ 

Foram seis reprovações. Eu tinha tentado os concursos de oficial de justiça, juiz, defensor público e promotor.Havia dedicado um ano exclusivamente ao estudo até que, finalmente, consegui o primeiro cargo público: analista judiciário do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro (TRF-RJ). Nele, fiquei apenas oito meses. Até que com 23 anos me tornei o delegado mais jovem do estado. A carreira na delegacia durou só cinco meses. Fui aprovado para a Defensoria Pública onde fiquei por três anos, até me tornar, aos 25 anos, o segundo juiz federal mais novo do país. 

Aprendi muito com as minhas reprovações. Notei que muitas pessoas que eram consideradas inteligentes, capacitadas e com boas condições financeiras não eram aprovadas. Ao mesmo tempo, vi candidatos que tinham vários empregos e passavam por dificuldades conquistarem suas vagas no serviço público. Conclui que o sucesso em um concurso depende muito mais do empenho do que da situação financeira ou até mesmo da inteligência. 

>> VIM DE UMA FAMÍLIA POBRE 

Sou de uma família de agricultores de Magé, no interior do estado. Meu pai tinha que andar 20 km todos os dias para estudar na zona urbana da cidade. Mesmo assim, conseguiu fazer faculdade de ciências sociais, mestrado, doutorado e se tornou professor universitário. Quando nasci, ele já tinha condições para me dar uma vida mais confortável. Ainda assim, sempre estudei em escolas públicas. Meus pais me obrigavam a estudar duas horas diariamente. Com 16 anos fui aprovado em primeiro lugar no vestibular de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Ainda na faculdade me desiludi com o direito e com as injustiças e desigualdades do nosso país, mas me dei conta de que só poderia melhorar isso se estivesse dentro do sistema. Então, optei pelo concurso público. Muita gente fala que entrar para o serviço público é desperdício, que uma pessoa poderia render muito mais na iniciativa privada. Não é verdade. Um bom juiz, policial, auditor ou fiscal, honestos e comprometidos, podem ser muito úteis à sociedade. Hoje trabalho na 4a Vara Federal de Niterói, que é premiada por produtividade. Chefio 20 funcionários da melhor qualidade. É possível ser um servidor público motivado. 

>> VIREI O GURU DOS CONCURSANDOS 

Depois do meu sucesso nos concursos recebi muitos pedidos de ajuda de quem queria se preparar. Comecei a escrever e proferir palestras. Hoje, tenho mais de 20 livros publicados e já falei para mais de meio milhão de pessoas. Virei o guru dos concursandos. 

Sei que a maioria dos candidatos encara o concurso como a "salvação". E quando a aprovação não acontece rápido, a sensação é a de que o mundo vai acabar. Porém, passar em um concurso requer amadurecimento. E nem sempre isso acontece do dia para a noite. É preciso aprender a administrar os prazos, manter o lado emocional equilibrado e criar um sistema próprio e eficiente de estudo. Tudo isso leva tempo. Às vezes, muito tempo. Já falhei porque fiquei nervoso, já fui reprovado duas vezes em uma mesma matéria, não passei porque perdi tempo em questões que não sabia em vez de me concentrar nas que sabia. Enfim, coisas que aprendi prova a prova. 

Acredito que a batalha pela vaga ou mesmo pelo sucesso na vida é vencida ou perdida na cabeça da pessoa. Com empenho e força de vontade, as pessoas aprendem a administrar seu tempo, a lidar com conflitos, enfrentar problemas e, assim, atingem o sucesso não só em um concurso mas em tudo que perseguirem na vida. 

William Douglas


Uma vida construída sobre derrotas


 

Sempre me perguntam como conquistei e tive tanto sucesso em minha vida e em minhas escolhas, e sempre respondo que não foi sem esforço; afinal, essa trajetória foi construída sobre derrotas. Sempre admirei oradores, tribunos, palestrantes, mas meu discurso ainda era muito insipiente. Achava os esportes algo muito legal, mas era ruim em quase todos, ao menos todos os que havia experimentado. Era daqueles jogadores de futebol que "se marcam sozinhos". Também não tinha sucesso quando se tratava de conquistas amorosas.

Sempre tive espírito empreendedor, porém minhas incursões no empreendedorismo não foram lá muito bem-sucedidas, fruto, provavelmente, da inexperiência. Olhando para trás, das 14 empresas que montei, 12 deram errado. Nos concursos não foi diferente, amarguei várias derrotas seguidas, como todos já sabem. Colecionei seis reprovações.

Para melhorar com as garotas, comprei um livro sobre conquista amorosa. Para passar no vestibular, comecei estudando 10 minutos por dia, e fui me obrigando a estudar mais até passar o dia todo estudando, das 8 da manhã às 10 da noite, com intervalos de 10 minutos a cada hora de estudo. Quanto às empresas, fui montando uma atrás da outra, sem nunca desistir. Concursos também, um atrás do outro, sempre procurando ver por que eu era rejeitado ou reprovado e, em seguida, tentando novamente, sem cometer o mesmo erro. Eu poderia até falhar de novo, mas que fosse por um motivo diferente.

Ao longo dessa jornada, descobri as lições de William E. Deming, que fala sobre o Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Action), ou seja, o ciclo no qual você PLANEJA, AGE, CHECA OS RESULTADOS e providencia uma AÇÃO CORRETIVA na próxima tentativa, se a primeira tiver falhado. Isso realmente funciona! Eu não sabia ainda o nome do processo, mas, intuitivamente, sempre o apliquei: ter um plano, tentar, errar, ver onde houve erro e tentar de novo, de um modo melhor. A Programação Neurolinguística (PNL) ensina que temos de saber o que queremos, atentar ao que está acontecendo (aos resultados que estamos obtendo) e termos flexibilidade para mudar até acertar. É a mesma lição do Ciclo PDCA, apenas posta em outras palavras e, por fim, descobri uma das lições do megainvestidor Warren Buffett:

"Eu não tenho nenhum problema em fazer negócios 
com alguém que já foi à falência. 
Mas jamais farei negócios com alguém que foi à falência 
duas vezes pelo mesmo motivo".

E essa foi a lição que tirei de todas as derrotas que tive: você nunca será um perdedor ou fracassado, qualquer que seja o número de reveses e insucessos que tenha tido ao longo da jornada, desde que mantenha seu sonho, sua atitude e sua disposição de aprender com o erro e tentar de novo. Foi assim que cheguei lá. Derrota e fracasso são situações, não pessoas. É preciso traçar estratégias para vencer os obstáculos, fazer planos e traçar rotas para chegar aonde se quer. Posso dizer que segui esse roteiro e hoje estou aqui para convidá-lo a sonhar, errar, consertar os erros e seguir em frente. Uma hora, mais cedo do que imagina, você aprende tudo o que é preciso para realizar o seu sonho.

Não se fie nas pessoas que criticam seus fracassos ou que dizem que você nunca irá conseguir. São pessoas negativas e, mesmo que tenham boas intenções, mesmo que estejam falando isso pensando em sua frustração caso não seja vitorioso, você não pode ter essa influência antes de tentar. Você precisa se cercar de pessoas que sonhem junto e alto, ou que, pelo menos, não atrapalhem sua caminhada.

A lição que as derrotas me trouxeram foi muito boa. Aprendi que elas podem se transformar em vitórias se você for ajustando sua estrutura. Como diz um amigo, um "não" é um "sim" à espera de ser conquistado. Tentando de novo, mas dessa nova vez de um jeito melhor. Tenha em mente essas lições e saiba que os frutos que colhemos de nossas conquistas, valem toda frustração e desestímulo temporário que as derrotas podem nos trazer. 

Ainda usando meu exemplo, essa semana fui contemplado com duas homenagens: o Troféu Don Quixote, outorgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em associação com a Confraria Don Quixote, e o prêmio Notável Jurista/2010, outorgado pelo Clube de Advogados de Niterói. Obter o respeito dos Advogados é dever de todo juiz e, no meu caso, muito lisonjeito. ANOTO, reparem que não conseguiria nada na 4ª Vara Federa de Niterói não fosse o apoio dos meus funcionários, que são excelentes, em uma excelente equipe com excelentes lideranças. A eles, meu muito obrigado.

 

William Douglas